Quando você acorda, continua cansado? Independente da quantidade de horas que você dormiu, sente que o sono não foi reparador? É preciso tomar cuidado – o cansaço nem sempre é só sinal de falta de sono e pode ser um sintoma de problemas como ansiedade, estresse, anemia, apneia do sono e até insuficiência cardíaca.
No entanto, de maneira geral, a maioria das pessoas se sente cansada por não dormir bem e, segundo a médica neurologista Dalva Poyares e a pneumologista e especialista em sono Luciana Palombini, a falta de sono chega a ser uma epidemia mundial – nos últimos 20 anos, em todo o mundo, a população reduziu 1h30 de sono por dia.
Em São Paulo, um estudo feito pelo Instituto do Sono ouviu 1.000 pessoas e apontou que a média de sono do paulistano é de 6,5 horas (confira no vídeo ao lado). No entanto, de maneira geral, o ideal é dormir de 7 a 8 horas por noite já que um sono de menos de 6 horas já chega a oferecer riscos para a saúde.
Porém, mais importante que a quantidade de horas dormidas, é necessário que a pessoa tenha ainda entre 4 a 6 ciclos de sono para que o corpo se recupere fisicamente e mentalmente. No caso da pessoa ansiosa, por exemplo, ela consegue atingir todos esses ciclos, porém o tempo de permanência nas últimas fases, que são as mais reparadoras, é menor.
Por isso, em alguns casos, fazer um descanso rápido durante o dia pode fazer bem. Esse descanso pode ser uma simples pausa no trabalho para tomar um café ou cochilar, pelo menos, 10 minutos ao longo do dia.
Segundo a neurologista Dalva Poyares, para algumas pessoas, pode ser benéfico ainda dormir durante a tarde, entre um compromisso e outro, como acontece geralmente com quem trabalha de manhã e estuda à noite. No entanto, há quem diga que se sente mais preguiçoso e mais sonolento se dormir durante o dia e, de acordo com a neurologista, isso realmente acontece em alguns casos.
Portanto, seja qual for a situação, o ideal mesmo é tentar dormir bem durante a noite para evitar que o corpo sofra consequências, como por exemplo, a perda de memória. Segundo a especialista, o cérebro não foi programado para fazer várias atividades ao mesmo tempo e, se isso acontece, o corpo fica “estressado” e cansado.
Ou seja, o excesso de atividade mental pode gerar cansaço e também esquecimento. Para comprovar isso, um estudo analisou um grupo de pessoas que dormiam entre 5 e 6 horas e pediu para quelas dormissem entre 7 a 8 horas – o resultado mostrou que todos apresentaram grandes melhoras na concentração e na memória.
As médicas alertam que a falta de sono pode gerar consequências ainda mais graves já que pode provocar um desequilíbrio no corpo. Estudos mostram, por exemplo, que dormir menos de 6 horas aumenta as chances da pessoas desenvolver doenças cardiovasculares, como hipertensão, AVC, infarto e arritmia e também metabólicas, como diabetes e obesidade. Por isso, a preocupação com o sono não deve ser apenas pelo cansaço no dia seguinte, mas também pela saúde e prevenção de complicações mais graves no futuro.
Fonte: G1
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