Apneia do sono não afeta somente adultos. Crianças também podem ter o problema, caracterizado pelo ronco alto e interrupção da respiração durante o sono.
O coordenador do departamento do sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, Michel Cahali, diz que a apneia do sono infantil pode ocorrer em qualquer idade, mas seu pico se dá entre 3 anos e 6 anos.
Os pais devem observar o sono do filho para saber se ele corre o risco de ter a doença. “É quando a criança ronca sempre alto e no meio para de respirar”, diz Cahali.
Se isso ocorrer, o especialista recomenda que os pais levem a criança a um otorrino. Cahali diz que na maioria dos casos, as crianças que sofrem de apneia do sono têm a amígdala e a adenoide aumentadas _órgãos da garganta. “E quando elas ficam grandes podem obstruir a respiração, causar o ronco e a apneia.”
Quando a apneia do sono for provocada pelo tamanho da amígdala e da adenoide, o médico diz que se recomenda extrair esses órgãos.
Cahali diz que esses órgãos não fazem falta. “É verdade que eles têm a função de proteger. Mas também é verdade que não farão falta. É como o apêndice.”
No passado, os médicos chegaram a indicar indiscriminadamente esse tipo de cirurgia. Depois pararam. Cahali afirma que agora se chegou a um equilíbrio.
“Primeiro, tiraram demais [a amígdala]. Depois não tiravam de mais ninguém. Hoje, se retira somente quando necessário, quando ela está ampliada e obstruindo a respiração.”
Problemas
O otorrinolaringologista diz que as crianças com apneia do sono podem ter problemas de desenvolvimento e aprendizado.
“Crianças com apneia do sono têm a qualidade do sono comprometida. Com isso, ficam mais inquietas, irritadas e têm dificuldade de concentração e aprendizado”, afirma Cahali.
Segundo ele, o crescimento também pode ser afetado. “O hormônio do crescimento é produzido no estágio mais profundo do sono. Crianças com apneia do sono não chegam a esse estágio do sono”.
Fonte Blog Maternar/ Folha de São Paulo
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