Resistimos a mais tempo sem comer e sem beber água do que sem dormir. O sono tem funções indispensáveis: Reenergizador físico e mental, regulador da temperatura corporal, regulador das funções cognitivas, produtor de imunidade, responsável pelo crescimento, protetor contra o infarto e derrame cerebral, além de uma dezena de outras funções não menos importantes. Confira os mitos e verdades:
Todos devem dormir oito horas diárias.
Mito. A duração do sono varia ao longo da vida, desde o bebê que dorme mais de 50% das 24 horas até o idoso, que dormirá em torno de 10% deste mesmo período. Portanto, ao longo da vida perdemos sono em quantidade e em qualidade. Assim, por exemplo, o sono do bebê tem mais de 50% do seu percurso em sono REM (sono de alta qualidade emocional e cognitiva) e no idoso isto cai para até menos de 10%.
Algumas pessoas fogem a essa média: os dormidores curtos, que precisam de 4-5 horas para dormir e os dormidores longos que costumam dormir mais de oito horas por dia, por questões hereditárias mesmo. Além disso, a fauna humana costuma se dividir entre os corujas (aquelas pessoas que têm maior disposição à noite) e o contrário – os madrugadores (dormem cedo e “acordam antes do galo cantar”).
É possível compensar as poucas horas de sono durante a semana dormindo mais no fim de semana.
Verdade Parcial. Quanto mais jovem, mais teremos essa capacidade de recuperação. Depois dos 40 anos, essa capacidade de recuperação cai muito levando à privação crônica de sono.
Quando sonhamos dormimos melhor.
Verdade. O sonho é a “fonte da eterna juventude”, pois, quem dorme bem, atinge mais o sono REM (o sono dos sonhos) melhora a sua afetividade, memória, inteligência e desempenha melhor as suas tarefas no dia seguinte.
Praticar exercícios físicos ajuda a dormir melhor.
Verdade. Sim, mas na hora certa. O ideal é que essa prática seja aeróbica e ocorra nas primeiras horas da manhã (seis-oito horas) seguindo o nosso ritmo hormonal próprio (cortisol, melatonina, endorfinas etc.) . A prática de atividades físicas próxima à hora de dormir (intervalo inferior a duas horas) é prejudicial ao sono.
A insônia aumenta o risco de diversas doenças.
Verdade. A insônia diminui a imunidade do organismo, favorecendo o surgimento de gripes frequentes, candidíase, herpes etc. e promove alterações cardiovasculares e metabólicas que predispõem a hipertensão, diabetes, infarto do miocárdio e derrame cerebral. Além disso, contribui para o agravamento da depressão e doenças psiquiátricas mais sérias.
Um copo de leite quente, antes de deitar, ajuda a dormir melhor.
Verdade. Na medida em que promove o aquecimento da bolha de ar gástrica no estômago levando a uma sensação de plenitude que pode favorecer o sono, assim chamado, pós-prandial.
O consumo de café pode provocar insônia.
Verdade. A cafeína é um poderoso estimulante, assim como as suas primas, cocaína e nicotina e, portanto, “roubam” o sono das pessoas.
Dormir pouco engorda.
Verdade. Os hormônios que regulam o apetite em nosso organismo, principalmente a grelina e a leptina são “controlados” durante o sono normal. Assim, quem dorme mal terá menos leptina (que tira a fome) e mais grelina (que aumenta a fome) e o resultado desta conta será mais “engordamento”.
Além do fato de que dormir mal aumenta a chance de comer durante a noite e gera um quadro crônico de sono não reparador tornando a pessoa sempre cansada e desmotivada à prática de atividade física.
Álcool ajuda a dormir.
Parcialmente verdade. Em circunstâncias esporádicas, num contexto social de relaxamento e em pequenas doses, sim. Mas o uso continuado leva a dependência e isto compromete a qualidade do sono, principalmente do sono REM, além das outras situações como refluxo gastroesofágico, por exemplo.
Dormir de barriga para cima faz roncar.
Verdade. Esta é a posição que mais favorece o fechamento da via aérea superior (região da garganta) levando às apneias e aos roncos.
Fonte: iBahia
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