Provavelmente você já foi incomodado ao dormir em um mesmo ambiente com alguém que ronca. Em muitos casos, esse ruído é o principal sintoma de um distúrbio conhecido como síndrome de apneia obstrutiva do sono (SOS).

Como o nome sugere, o problema é ocasionado quando há um bloqueio completo das vias aéreas, o que acarreta paradas repetidas e temporárias durante o sono. Quando a interrupção é parcial e a redução chega de 30% a 50% do fluxo de ar a denominação do problema passa a ser hipopneia.

O ronco pode ser dividido em normal e patológico. Portanto, quem tem apneia necessariamente ronca, mas o contrário não é aplicado. Outro sintoma bastante comum dos distúrbios respiratórios é a sonolência diurna. Isso porque a apneia fragmenta o momento de descanso.

Diagnóstico
Segundo o biólogo, doutor em Ciências do Sono e membro da Associação Brasileira de Sono, Rogério Silva-Santos, a realização de um exame conhecido como polissonografia é o método mais eficaz para um diagnóstico preciso.

Durante procedimento, sensores instalados no paciente permitem que um profissional monitore e registre dados que influenciam na qualidade do sono. ‘‘É importante ressaltar que o exame é indolor e não é invasivo’’, esclarece.

Causas e Tratamento
Feito o diagnóstico, o especialista aconselha o tipo de tratamento de acordo com a causa. ‘‘Se a apneia for acarretada por uma circunstância anatômica, a cirurgia pode ser indicada. No entanto isso depende da avaliação médica’’, explica Rogério.

Há também, a opção pelo CPAP, uma espécie de máscara que mantém as vias respiratórias abertas por meio de um compressor de ar.

O equipamento não possui cobertura dos planos de saúde e pode custar de R$ 1.000 a R$ 3.000.

Consequências
Com a má qualidade de sono, a fadiga, irritabilidade, dificuldade na concentração são mais presentes.

Além disso, a apneia aumenta a probabilidade do paciente desenvolver quadros de hipertensão, infarto, AVC e impotência sexual.

‘‘Esses cenários são acarretados pela instabilidade da oxigenação sanguínea, fato que ocorre por causa das repetições dos episódios e os ‘sustos’ dados pelo nosso corpo em razão das paradas respiratórias’’, diz.

Fonte: Boqnews