A apnéia obstrutiva do sono (AOS), é uma condição que causa repetidas obstruções nas vias aéreas superiores (do palato mole a hipofaringe posterior) durante o sono, que podem fechar completamente ou parcialmente a passagem de ar, fazendo com que haja resistência a passagem do fluxo. Isso se dá por vários motivos, dentre eles os mais importantes são: edema na região da faringe em pessoas obesas, peso das estruturas do pescoço que tendem a pressionar a via aérea até seu colabamento, algumas estruturas como a língua se de tamanho maior que a cavidade oral (macroglossia), pode causar obstrução. A retrognatia (queixo pequeno) também pode ser uma das causas da apnéia, colaborando para o fechamento da via aérea.
Outros problemas podem vir associados a AOS, dentre eles a hipopneia é a causa de micro despertares e ineficácia no sono, ela se dá por uma queda de até 50% no fluxo de ar na via aérea associada a queda de saturação periférica de oxigênio (SpO2) ≥ 3%.
A AOS, atinge uma percentagem de 9% para mulheres e 25% para homens com uma faixa etária de 30 – 60 anos, com o envelhecimento a percentagem de pessoas com OSA aumenta, variando de 37,5% a 62%.
O diagnóstico definitivo da AOS é feito por meio da polissonografia (PSG) que é considerado o exame padrão ouro no diagnóstico dos distúrbios respiratórios do sono. A PSG é um exame normalmente realizado no laboratório de sono, onde são avaliados vários parâmetros neurofisiológicos: o eletroencefalograma (EEG); eletrooculograma (EOG); eletromiograma (EMG) submentoniano; eletrocardiograma (ECG); eletromiografia dos membros; fluxo aéreo (nasal e oral); movimentos toracoabdominais (esforço respiratório); oximetria de pulso; roncos e posição do corpo.
Ela é classificada pelo índice de apnéia hipopnéia (IAH), este índice tem como parâmetros de normalidade valores menores ou iguais a 5/hora eventos de apnéia e ou hipopnéias durante o sono, tendo o diagnóstico 5/hora ou mais apnéias e ou hipopneias durante o sono, pode-se dizer que há um distúrbio do sono, estando também associada a queda de até 4% na SpO2. A AOS pode ser classificada em leve: (IAH ≥ 5 e menor ou igual a 15); moderada (IAH > 15 e menor ou igual a 30) e grave (IAH > 30).
As conseqüências desta patologia são: distúrbios cardiovasculares, roncos, acidente vascular encefálico, sonolência diária e acidentes automobilísticos. O paciente apresenta um quadro clínico de dores de cabeça durante o dia, falta de concentração, esquecimentos e sonolência ao ponto de causar acidentes. Muitos doentes que não têm estes sintomas clínicos podem sofrer de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetis mellitus (DM) e correm alto risco de sofrerem acidente vascular encefálico.
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