Um dado alarmante, divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), revela o risco enfrentado pelas crianças no convívio com fumantes. O estudo revela que 40% das vítimas do fumo passivo têm até 5 anos de idade,o que significa dizer que cerca de 700 milhões de crianças em todo o mundo estão expostas à fumaça do cigarro dentro de casa.

Além disso, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Como o sistema respiratório das crianças é mais frágil, o risco de desenvolverem doenças pulmonares acaba sendo maior.

Por esse motivo, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) elaborou este ano uma cartilha para informar que crianças são as mais vulneráveis ao fumo passivo. O intuito é que elas conscientizem os pais a abandonarem cigarro.

Quanto maior o número de fumantes dentro de casa, maior é o risco de crianças desenvolverem doenças cardiovasculares, respiratórias, problemas no sistema imunológico, deficit de atenção e até perda de audição.

A cartilha alerta que é ilusório as pessoas fumarem em áreas externas, como sacadas e quintais, já que os componentes do cigarro ficam impregnados na pele, cabelo e roupa, além do fato de que o vento leva as partículas para as vias respiratórias das crianças.

Mas não é só no início da vida que o fumo passivo é prejudicial. Segundo o Inca, pessoas expostas ao tabaco têm 30% mais chance de desenvolver câncer de pulmão e de sofrer com doenças cardíacas. No Brasil, pelo menos 2.655 não fumantes morrem a cada ano por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. Isso corresponde a sete mortes por dia.

Outro foco da campanha é alertar crianças e adolescentes sobre os riscos do tabaco para que não virem fumantes no futuro. Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia com cerca de 3.000 alunos com idade entre 10 e 19 anos de escolas públicas apontou que, para os 10% de jovens fumantes, o exemplo vindo de casa foi determinante para o início do vício.

Neste grupo, 52% dos pais fumavam, seguido das mães (44%) e irmãos (36%). Já com os outros 90% não fumantes, os índices caíram significativamente: 18% dos pais e 14% das mães fumavam. No caso dos irmãos, a porcentagem foi de 5%.

Confira os riscos do tabagismo passivo

1 – Em adultos não-fumantes:

- Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;

- Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

2 – Em crianças:

- Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;

- Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.

3 – Em bebês:

- Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);

- Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

 

 

Fonte: Aqui Acontece

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