Nos dias de hoje, em que a concorrência corporativa e a velocidade de disseminação de informação é cada vez maior, nós, trabalhadores em busca de conquistas pessoais e financeiras, somos obrigados a utilizar o nosso tempo da forma mais eficiente possível.

Consequentemente, temos menos tempo para cuidar da nossa saúde física, da alimentação  e, principalmente, do que nos dá condição de trilhar mais uma jornada de trabalho no dia seguinte: o sono. Muitas vezes precisamos nos privar do sono por causa do trabalho, comprometendo o nosso estado físico e psicológico por falta de descanso.

Para pessoas comuns, a privação de sono já traz grandes danos à saúde, já para um atleta profissional, que depende da sua performance física para viver, essa falta de descanso é extremamente comprometedora.

Quando se trata da adesão ao exercício físico para melhorar a qualidade do sono (o que dificilmente é recomendado, embora seja altamente eficaz) os resultados são bem interessantes. Pesquisadores do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizaram em 2000 um levantamento epidemiológico da prática de atividade física na cidade de São Paulo. Eles encontraram informações pertinentes ao treinamento físico influenciando o sono.

Mil indivíduos, de todas as regiões e classes sociais, responderam a um questionário específico. Dos resultados encontrados, 31,3% praticavam alguma atividade física, e, 36,4% dessa amostra o faziam com alguma orientação profissional. A presença de insônia entre os fisicamente ativos foi de 27,1%, e de sonolência excessiva de 28,9%.

Já entre os sedentários, esses números foram ainda maiores, pois 72,9% se queixaram de insônia e 71,1% de sonolência excessiva, supondo que a adesão ao treinamento físico tem influência direta na qualidade do sono. Dentre os sedentários, outros sintomas como ronco, apnéia (interrupção da resporação)  e sono fragmentado também conferem entre as queixas.

A recíproca –  aumento da quantidade (número de horas dormida) e qualidade do sono (contínuo) objetivando potencializar os ganhos e a assimilação do estímulo físico do treinamento físico – também é verdadeira. O maior gasto energético, promovido por exercício físico vigoroso, aumenta a necessidade de um maior período de sono para a recuperação total do esforço.

Nas 3 primeiras fases do sono, que se iniciam sob a indução da melatonina, ocorre economia de energia (reduções da frequência cardíaca e respiratória, temperatura corporal e relaxamento muscular), a reconstituição dos tecidos, o aumento da massa muscular (processo conhecido por anabolismo) e a secreção do hormônio do crescimento (GH). Na quarta e última fase, também conhecida por REM (sigla em inglês para movimento rápido dos olhos), dá-se a consolidação do aprendizado e da memória. Se acordamos de madrugada, podemos rapidamente atingir novamente o sono profundo.

Se você possui problemas com a qualidade do seu sono, busque ajuda profissional.

Fonte: Discovery Brasil

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