19 ago 2013
agosto 19, 2013

Será que você tem apneia do sono?

Notícias, Sono

O sono é uma etapa crítica para o corpo entrar em vigília, mas muitas pessoas sofrem na hora de dormir. Imaginar um longo dia de trabalho pela frente sem conseguir dormir adequadamente à noite é um problema que afeta milhares de brasileiros todos os dias.

Problemas de sono interferem de maneira significativa na qualidade de vida e estão entre as principais causas de baixa produtividade, alerta André Felício, neurologista, doutorado pela UNIFESP/SP, pós-doutorado pela University of British Columbia/Canadá, e médico pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein/SP.

“Dentre os vários distúrbios do sono, a apneia é, sem dúvida, um dos mais comuns”, acometendo, principalmente, os homens. O médico explica que se trata de um distúrbio no qual há um aumento da resistência nas vias aéreas superiores que determina dificuldade à passagem de ar durante o sono, “período em que há maior flacidez do arcabouço das vias respiratórias superiores”. A consequência é a apneia (pausas respiratórias), ronco e falta de oxigênio transitória no sangue (hipoxemia).

De acordo com André Felicio, muitas vezes, a “pista” para a apneia do sono não vem do ronco em si, principalmente se o indivíduo não tem um companheiro de cama. Nestes casos, é preciso ficar atento para outros sintomas como sonolência excessiva diurna, falta de concentração, mau humor e hipertensão arterial.

“O que provoca o ronco é a flacidez durante o sono de algumas estruturas como palato mole e úvula, composição óssea da face, pescoço, boca e sua abertura, que dificultam a passagem de ar, e aumento do tecido gorduroso visceral, principalmente no abdômen.” Mas o médico destaca que nem todas as pessoas que roncam têm apneia. Há roncadores sem apneia, aqueles que têm somente resistência aumentada nas vias aéreas superiores à passagem de ar durante o sono. “No entanto, estes indivíduos têm maior risco de desenvolver apneia.”

O tratamento para a apneia consiste em perda de peso, cirurgias otorrinolaringológicas, uso de aparelhos intra-orais e o uso de máscaras com pressão contínua de oxigênio (CPAP). A cirurgia é indicada em situações específicas como crianças e adolescentes roncadores e com grandes adenoides/tonsilas, mal formações crânio-faciais ou quando o tratamento com aparelho intra-oral ou CPAP não é tolerado ou não funciona.

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